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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Opinião




A Base falha? 


Leio que o América Mineiro pretende aproveitar dois atletas oriundos da base gremista, vide Guilhermes

O Guedes e o Azevedo passaram o 2020 inteiro no elenco principal do Tricolor.

O primeiro, quando atuou, foi muito bem; depois, lesão e arquivamento; esse o seu histórico recente.

Já o segundo, alguém lembra dele, saindo jogando?

Olha-se para o time atual e o que se vê? Matheus Henrique e Jean Pyerre, ambos contestados, atualmente e Pepê, uma realidade bem-sucedida, mas à espera do voo para Portugal.

Como o Grêmio tem permanentemente uma base bem estruturada, isto é, com todas as categorias (diversos subs) ativas, sempre usando o pressuposto de possuir dirigentes atuando pelo bem do clube, por que não se tem uma maior presença de jovens entre os onze titulares?

A base, sua estrutura de produção, falha? É possível passar meio século sem formar um centro avante que saia dos juniores direto para o time principal?

Infelizmente, o que se tem no Brasil entre os grandes clubes é uma engrenagem que descarta a utilização massiva dos jovens. Apenas, quando a água bate no pescoço por necessidades financeiras ou pelos maus resultados em campo, como foi no meio do campeonato de 1981, após uma goleada impiedosa no Morumbi, Ênio Andrade fez uma cirurgia no time e acrescentado ao menino China (base); outros nomes surgiram: Paulo Roberto, Newmar, Casemiro e Odair; aí, a turma "de baixo" é lembrada e convocada.

Ficam perguntas: será que Guilherme Guedes, por exemplo, joga menos do que Diogo Barbosa? será que a força dos empresários é algo inquebrantável que altera a lógica do bom senso?

Ou tem algo maior?

11 comentários:

  1. Acho que é um misto de influencia, teimosia e panela. Na cabeça do Renato os mais experientes e "chegados" sempre vão estar na frente. É o que se pode observar pelas suas escolhas, são muitos casos nessa passagem dele de jogadores serem escalados pelo nome ou por ser "queridinhos" do professor. A gente não tem como saber tudo o que acontece nos bastidores, nas relações de poder dentro do elenco, da influencia de empresários, dirigentes, imprensa e etc...
    Além do "sumiço" do Guedes e não utilização do Azevedo, também tivemos o Darlan sendo "arquivado" e o Ferreira ganhando uma geladeira, dois jogadores que deviam ser titulares. Na minha opinião vale muito mais apena investir na evolução do Guedes do que torrar 10 milhões em apenas 25% do passe dum lateral de 29 anos que não consegue ser melhor que o Cortez. Aliás, se fala em renovar com o Cortez por mais um ano o que tiraria espaço pro Guedes no elenco... Quanto ao Azevedo sempre foi considerado muito promissor e até com a Seleção já treinou mas não tem como opinar porque quase nunca ganha chances. Ele poderia estar ganhando os minutos que hoje são dados ao Everton Chinelinho por exemplo.
    Acho que ambos deviam é ser aproveitados aqui. Deviam ganhar mais espaço, principalmente o Guedes. Agora se tivermos mais um ano com o Renato pra deixar os dois no limbo da transição ou nessa pseudosubida pro profissional onde nunca entram em campo é melhor emprestar pros garotos ganharem tempo de jogo em outro lugar mesmo.
    Eu sigo batendo na tecla que aproveitamos mal a nossa base. Não precisa sair revelando craque e titular absoluto mas podem ocupar o espaço no elenco e ir entrando aos poucos, olha essa penca de veteranos e encostados como Julio César, PV, David Braz, Paulo Miranda, Cortez, Maicon, Thaciano, Robinho, Alisson, Everton... Só aí são dez vagas que abrem no elenco com jogadores que não tem mais lugar no Grêmio seja por ruindade, pela idade ter chegado ou pelo físico não permitir mais jogar em um nível aceitável. Não citei o Ferraz porque as circunstancias o fizeram nosso atual titular mas por mim ele podia sair depois da final da copa também.

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  2. Complementando sobre Matheus Henrique, Jean Pyerre e Pepê. Os dois primeiros tão devendo bastante futebol. Talvez falte atitude e vontade a ambos, talvez ambos foram superestimados, talvez sejam escalados em funções que não sejam as suas, talvez o esquema do time esteja contribuindo pra má fase. Talvez o problema seja outro. Talvez Renato já não consiga extrair mais nada desse time, porque temos um time em crise geral. O que se pode tirar do momento é que ambos estão mal dentro de um time em que ninguém está bem. Então fica difícil julgar individualmente quando todo o coletivo vai mal. Eu gostaria de ver como eles se sairiam com outro treinador antes de qualquer julgamento final.
    Quanto ao Pepê a sua má fase é a soma dos fatores time em crise mais a venda consumada ao Porto. Não tem como o jogador não ficar um pouco aéreo já pensando em Portugal e dentro dum time que não está jogando nada é "natural" ver o futebol dele decair.
    Nisso tudo somamos nossos problemas físicos que assombram todo elenco. E tem o extra dessa temporada em tempos de pandemia com muitos jogos que se estende nesse 2021 adentro e é natural eles chegarem nessa reta final já meio acabados.

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  3. É quase sempre dinheiro. Gira muita grana. Quem tá no topo se protege.

    Jogador jovem não tem lobby. Precisa começar estraçalhando. Dá trabalho lapidar.

    Jovens não tem personalidade pra reclamar. Aceitam a hierarquia. Botar medalhão no banco é mais difícil. Causa atrito no vestiário. Os cascudos se protegem.

    É preciso coragem pra lançar um time de jovens e sustentar um/dois anos de fracassos até a coisa engrenar. Muitos treinadores são demitidos antes.

    Enfim, são vários fatores. Todos independentes da qualidade ou não da base.

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  4. A base é e sempre será importante. Eu recordo muito pouco do time titular dos anos 90. Mas vejamos: No setor defensivo haviam Roger e Danrlei que eram da base. No meio Carlos Miguel, Emerson e Arílson. Ou seja, meio time.

    Hoje podemos dizer que temos 4 também. Seriam eles: MH, JP, Pepê e o mais recente Vanderson (meio a força).

    Mas quais destes quatro podem ser equiparados (uma ousadia é claro) com aqueles outros quatro?

    Talvez o Vanderson em relação ao Roger. Os demais? Seria um exagero comparar JP à Emerson? Emerson também jogou com a 10, se lesionou e acabou como primeiro volante. Arilson/MH ? Carlos Miguel/Pepê?

    Para mim a principal diferença entre aquele elenco e o de hoje, e sei que a postagem não tem nada a ver com isso, mas onde eu quero chegar é que os cascudos daquela época eram infinitamente melhores que os de agora. Salvo a dupla de zaga, é claro que seria uma briga de foice no escuro para saber qual foi/é a melhor.

    Aí a outra questão fica sobre o jóquei... mas dessa eu prefiro não entrar no mérito.

    Estou louco a criar tais perguntas? Tu deves se recordar muito mais daquele time/base do que eu.

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  5. Mas é para refletir. Se há tantos pontos a serem considerados numa formação de atletas, por que em onze posições, não podemos ter a metade vinda da base?

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    1. Mas aí que tá, Bruxo. Esses 4 que citei são da base, e três titulares. Mas a meu ver insuficientes se comparados aos antigos campeões. Bem verdade que as conquistas dos mais velhos deram um brilho maior às suas carreiras.

      E isso vale também aos cascudos desse elenco. Um Maicon não foi e jamais será um Goiano ou um Dinho.

      Talvez eu fui muito exigente. Aquele time de 95 é um dos melhores da história.

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  6. O de 95 não tem extra-classe; casos de Tita e Renato em 1983.

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    1. Verdade. Tanto é que já vi quem diga que em 95 foi uma mistura de refugos/piazedos, todos com muita vontade de vencer.

      Essa piazada, principalmente a nossa, está vivenciando e se bancando sobre a conquista de outros. Em tempo: sob o comando de um técnico que não tem mais nenhuma ambição no Grêmio. De fato, Renato já ganhou tudo o que poderia ter ganho por aqui. Dessa cartola, não sai mais coelho.

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  7. Rodrigo
    Interessante é que de 94 para 95, houve uma revolução no Grêmio, mesmo ganhando a Copa do Brasil.

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    1. De repente, mais justo é "comparar" essa transição dos anos noventa, com a mais recente iniciada em 15/16 fechando com chave de ouro em 2017.

      Este elenco que temos hoje, daqui a pouco, se equivale ao time de 98/99 sem o Ronaldinho. Tempo aquele que deu origem as maiores trapalhadas da nossa recente história... Astrada, Amato...

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