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quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Opinião



Dissonâncias 

Tem ruídos nos discursos da Direção e da Comissão Técnica gremista. Ouvir as entrevistas nos pós-jogos tem se revelado um exercício de paciência para os torcedores. É muita bobagem dita, para usar um termo leve. Não é de agora, vem de anos e parece ser uma "dinastia" de vestiário ou casamata.

Ontem, Luiz Felipe disse que Campaz não estava pronto, precisa adquirir um senso coletivo de jogo, adaptação a uma nova realidade dentro e fora do futebol. 

Isto vai de encontro ao que foi dito no início e no meio deste ano pelo presidente, vide Romildo bate o Martelo.

Vejam a incoerência; o clube em situação dramática no Brasileirão, aí, a maior contratação da temporada, uma das mais caras da história centenária da instituição, segundo Felipão é para ser utilizado em 2022.

Para piorar, o atleta que vem para ser o centro criativo do time é jovem, vem de um centro social pequeno (Ibagué), periferia do futebol sul americano (Colômbia), isto é, um país que não prima pela cultura tática na formação de atletas. Para ilustrar, cito que apenas dois colombianos tem uma biografia vencedora no Brasil: Freddy Rincon , ex-Palmeiras, Real Madrid e Corinthians, único que dá para chamar de craque e Victor Aristizábal, artilheiro pelo Cruzeiro e Santos. O resto, bem, o resto é formado por Bustos, Perea, J.J. Trellez, Asprilla, Borja, ou seja, a fama maior do que suas potencialidades.

Se Campaz não está pronto como afirma o treinador, a ponto de sequer atuar minutos num jogo "amistoso" como o desta Quarta-feira, onde poderia encarar torcida, um estádio monumental, um adversário de muita qualidade e, repito, sem o peso de ter que se classificar, ganhando rodagem, por que contratá-lo se o discurso do presidente foi outro?

Quem está correto? Se o treinador, então a vinda do menino é mais um daqueles equívocos  que se associará aos desastres anteriores; se for o Presidente, bom, aí, novamente teremos aquela situação já vista: quem senta na cadeira presidencial é o mesmo que fica à beira do gramado, que acredita que com Jonatha Robert, Léo Pereira, Alisson, Lucas Silva, Luiz Fernando e Thiago Santos terá um time forte e competitivo.

Cruel!


3 comentários:

  1. É cedo para dizer que Campaz foi uma contratação equivocada, mas não é cedo para dizer que nesse momento o que precisava eram jogadores para chegar e jogar.

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    1. Carlos
      É o que tentei colocar no texto; existe ruído na condução da coisa: - é para entrar já, como disse o presidente ou erraram na avaliação do Campaz e ele vai ter que esperar? Se é para esperar, erraram feio.

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  2. Eu fico aqui pensando nas incoerências do Scolari. Ora, se Campaz não está pronto (e até pode ser que não esteja), o que justifica a insistência em feridas como J. Robert, Léo Pereira, Luiz Fernando? Esses três, pra ficar somente neles, são jogadores de futebol na mesma proporção que eu sou cientista de física quântica!

    Se Campaz, cuja contratação em matéria de valor é a maior da história do Grêmio, só irá se adaptar em 2022, certamente ele vai comer a bola na próxima temporada, pois somente isso fará sentido em esperar um atleta seis meses para poder entrar em campo. E aí mais uma falha da direção e departamento de futebol, deveriam ter trazido mais um meia de ligação.

    Fato é que o Grêmio está largado as traças, situação nada surpreendente para um departamento de futebol que é composto por Marcos Herrmann, além de figuras nefastas no Conselho Administrativo tais como Cláudio Oderich, Duda Kroeff, Paulo Luz e do próprio Marcos Herrmann. São figuras, em sua grande maioria, derrotados futebolisticamente falando.

    É triste e lamentável o que fizeram com o Grêmio. A gestão Romildo que poderia ter entrado para a história por elevar o clube de patamar, vai ficar marcada por sucessivos desastres no comando do futebol, e espero que o desastre maior não seja a queda para a segunda divisão.

    Fica bem claro que 2016 e 2017 foram meros acidentes de percurso, ninguém no clube sabe como chegaram a essas conquistas.

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