Opinião

Batido e Abatido 

Primeira frase: Roger deve ser mantido, apesar dos últimos resultados (1 ponto conquistado em 12), não porque esteja fazendo um bom trabalho ou que haja esperança de uma melhora substancial, mas pelo risco dos movimentos subsequentes dessa direção para cobrir sua saída. Pode ficar pior, basta ver o histórico, onde o ponto mais elevado foi tentar manter Mancini para 2022. Então, o treinador deve permanecer e tratar de vencer 5 em 11 partidas, ou seja, metade dos pontos.

Roger tem responsabilidade? tem. Tem muita. O time é frouxo, não no sentido de faltar coragem, mas no desencaixe. Lembra um tênis com os cadarços desamarrados, o calçado ameaçando sair do pé a qualquer momento, talvez um caminhonete das antigas, aquelas com o volante tendo 3/4 de folga e o motorista rezando para ver se ela obedece aos movimentos.

Olhando para a partida, especificamente, uma conclusão é inevitável: Lucas Silva não pode ser reserva de seu homônimo (Leiva). Começa por aí o desencaixe. A defesa é essa, não tem o que mudar. Ela é muito boa para uma competição como essa Série B de péssimos concorrentes. 

Os problemas começam (além de ordem anímica) na movimentação dos meias e nos erros monumentais dos dirigentes que trouxeram jogadores que não dão resposta em campo: o próprio Lucas Leiva, Thaciano, Janderson, Elkeson e Guilherme. Isso, associado a imobilidade de Diego Souza faz com que o Tricolor seja presa fácil fora de casa, porque o time está lento, desencaixado e sem a pegada "mínima necessária".

O gol sofrido mostrou a falta de proteção dos volantes à frente da zaga e o segundo, uma dessas aberrações da moderna arbitragem brasileira. Edílson está de costas, o braço num movimento natural e, ainda por cima, o chute é uma "selada" nele.

Encerrando: a troca de treinador, ela se justifica pelo desempenho e campanha; porém, na mão desses dirigentes, o que está ruim, pode piorar, então, que se mantenha o treinador.