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quarta-feira, 25 de janeiro de 2023


Pequenas Histórias (279) - Ano - 1969

O Hat Trick do Touro 

Fonte: https://terceirotempo.uol.com.br

Luizito Suárez estreou com um hat trick, isto é, três gols numa única partida; antigamente, acho que esse feito era chamado de "barba, cabelo e bigodes". Um feito, sem dúvida.

Lembro do Mazinho, atacante do Santos que veio trocado por Alcindo, estreando com três gols em cima do Newell's Old Boys no ano de 1972. Devem haver outros hat tricks, (Barcos?), não lembro. Mas pesquisando sobre os confrontos entre Grêmio e Brasil de Pelotas, me deparei com esta partida ocorrida em 08 de Maio de 1969, quando Hélio Pires, um atacante apelidado de Touro, pela sua força física, marcou três vezes, um 3 a 0 sobre a equipe pelotense.

Hélio já estava na história do clube, porque poucos dias antes, assinalou o primeiro tento gremista em jogos no Beira-Rio. Jogou com destaque também no Coritiba e Santos, além de outras agremiações menores. Aliás, o Tricolor teve outros atletas que tiveram a mesma trajetória (atuação no Coxa Branca e Peixe) como Negreiros e Oberdan.

O Tricolor de Sérgio Moacir não contou com o arqueiro Alberto e o centro avante Alcindo; desta forma, ele escalou: Arlindo; Valdir Espinosa, Ari Hercílio (Renato), Áureo e Everaldo; Jadir e Sérgio Lopes; Hélio Pires, Joãozinho, Tupãzinho e Volmir.

O Brasil do treinador Osvaldo Barbosa teve três atletas que vestiram/vestiriam a camiseta gremista (Suli, Otacílio e Torino): Suli; Adilson, Joceli, Moacir e Manuel; Otacílio, Marcos e Torino. Vanderlei, Maneca (Ataíde) e Aldir, o Tartaruga.

Com amplo domínio do Grêmio, o adversário se postou na defensiva e aguentou a igualdade no placar até a meia hora do primeiro tempo, quando Hélio Pires aparou cruzamento de João Severiano, o Joãozinho e cabeceou, vencendo Suli. 1 a 0.

Aos 38 minutos, o Touro driblou dois zagueiros, esperou a saída do arqueiro, trocou de pé e mandou para as redes. 2 a 0; final da etapa inicial.

Visivelmente desacelerando, o Grêmio conduziu o tempo derradeiro com cuidado e pouca exposição, ainda assim, ampliou o placar com o mesmo Hélio Pires, que recebeu ótimo lançamento do centro avante Tupãzinho: 3 a 0.

Dois minutos depois, Volmir entrou na área, ia passando por Suli, que derrubou o ponta esquerda; pênalti;  surgiu a chance de aumentar a goleada, no entanto, Espinosa cobrou mal, fora do arco, inclusive. Tiro de meta para o Xavante.

Luis Torres foi o juiz deste enfrentamento, onde o Tricolor garantiu o título do seu grupo para decidir o Gauchão.

Hélio Pires faleceu no 08 de Janeiro do ano passado. Foi um atacante que "brincava" com a 9, 8 e 7 do ataque. Para quem nunca foi titular absoluto teve uma boa média no Imortal, em 50 jogos, marcou 19 vezes.

Fonte:  Arquivo Histórico de Santa Maria

             Correio do Povo

             https://www.gremiopedia.com/


33 comentários:

  1. Lembro de um hat trick de Roger Flores contra o Athetico-Pr, três gols de pênalti.

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  2. Carlos
    Agora, pelo teu comentário, lembrei de outro contra esse mesmo Paranaense, também 3 cobranças de penalidades máximas: Adilson, o Capitão América.

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  3. E pensar que já a algum tempo temos falta de atacantes pela direita.
    Nesta época sobravam. Hélio Pires, Babá, Flecha. Logo depois Zequinha, Tarcísio e Renato.

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  4. Arih! a gente vai conversando por aqui e vão aparecendo outros hat tricks: Zequinha no Grenal de 1975. Mesmo indo para a súmula gol contra no terceiro, hoje, não há dúvidas que foram os três de autoria do camisa 7.

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    1. Há muitos, Bruxo, com três ou mais gols em único jogo! Além dos citados, rapidamente, sem aprofundar: Cuca, Nílson, Wolney Caio, Assis, Mabília, Jardel, Paulo Nunes, Carlos Miguel, Guilherme, Macedo, Ronaldinho Gaúcho, Marcelinho Paraíba, Rodrigo Mendes, Rodrigo Fabri, Christian, Rômulo, Tuta, Perea, Reinaldo, Borges, Jonas, André Lima, Barrios, Everton Cebolinha, Diego Souza, Gilson (4), Vagner Mancini (4), Zé Afonso (4), Perea (4), Zinho (5).

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    2. És uma enciclopédia.
      Quanto a hat tricks, não guardei na lembrança.
      Este do Jardel seria naquele jogo contra o Palmeiras?

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    3. Arih! acho que o do Jardel é o mais importante da história do Tricolor.

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    4. Arih, Jardel marcou 3 gols contra Grêmio Santanense (7x0), pelo Gauchão; marcou 3 contra o Palmeiras (5x0), pela Libertadores, ambos em 1995. Em 1996, marcou 3 gols contra o Juventude (4x0), pelo Gauchão.

      Na verdade, Arih, não sou uma enciclopédia. Longe disso! Juntar essas curiosidades é que dá uma dimensão diferente ao tema. Porém, tudo depende de uma olhada nas anotações feitas ao longo do tempo.

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    5. Obrigado Alvirubro.
      Pela modéstia não és uma enciclopédia. Então coloquemos de outro modo: És uma biblioteca.
      Abraços.

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  5. Alvirubro
    O que seria esse número em parêntesis?

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    1. Número de gols em um mesmo jogo, Bruxo.

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    2. Ato falho; usei o velho latim, antes: parênteses.

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  6. Mancini fez 4 num único jogo? este, eu realmente não lembro de nada.

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    1. Contra o Atlético de Carazinho, pelo Gauchão de 1995, Bruxo. Foi um 6x1, com Jardel e Luis Carlos Goiano completando o placar do Grêmio.

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  7. Bah! e essa do Zinho com 5, acho que foi a última vez que um cara do Grêmio meteu "meia dezena" num único jogo.
    Outro que não lembro.

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    1. Pela Copa Sul-Minas, em 2002, diante do Aimoré, com Zinho (5) e Luís Mário completando o placar de 6x1.

      Realmente, é algo bem incomum um mesmo jogador marcar cinco gols num único jogo. Antes de Zinho, Vieira marcou cinco contra o Veronese, de Canoas, em 1957, num amistoso, no estádio da Rua Machadinho.
      Desde Zinho, lá se vão 20 anos.

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    2. Alvi
      Tão cedo, não se repete.

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    3. Meu bom amigo, não sei! Com este tal de Luis Suárez, "centro-avantezinho" que muitos diziam acabado, realmente não sei. É capaz de fazer esse serviço ainda este ano. Cinco gols para ele, se bem municiado, é mole.

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  8. Bruxo e Alvirubro, tenho curiosidade sobre a trajetória do Tupazinho com a camisa do Grêmio. Vcs sabem mais detalhes?

    Sei que ele esteve presente no Grenal da pancadaria da inauguração do Beira-Rio. Mas além de ter sido um monstro durante uma década de Palmeiras, a ponto de ser considerado do mesmo nível dos craques Dudu e Ademir Da Guia, não vejo nada a respeito da trajetória dele pelo tricolor, alem do citado acima e de ter regressado no final de carreira ao seu estado de origem, ja que era gaúcho de nascimento.

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    1. Vinnie, aqui tem alguma informação, que em 2019 publicamos no Álbum Tricolor

      https://bruxotricolor.blogspot.com/2019/06/normal-0-21-false-false-false-pt-br-x.html#comment-form

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  9. Vinnie
    Vou deixar para o Alvirubro, mas tenho para te dizer que foi muito discreta; imagina que ele veio para o Tricolor trocado pelo reserva do tri campeão Everaldo, o Zeca, que fez história no Verdão. Zeca virou Zeca Rodrigues, auxiliar técnico do Grêmio. A fantástica equipe do Palmeiras, sua escalação iniciava assim: Leão; Eurico, Luiz Pereira, Alfredo e Zeca... Só ele não vestiu a Amarelinha dessa nominata, mas era bom jogador.

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  10. Em 1968, em vários jogos, o Grêmio teve Everaldo na lateral-direita e Zeca Rodrigues na lateral-esquerda.
    Alberto, Everaldo, Paulo Souza, Aureo, Zeca, Cléo, Sérgio Lopes, Babá, João Severiano, Alcindo, Loivo.

    Ainda em 1968, o time tinha Altermir na lateral-direita e Zeca Rodrigues na lateral-esquerda.
    Alberto, Altemir, Paulo Souza, Aureo, Zeca, Cléo, Sérgio Lopes, Babá, João Severiano, Alcindo, Loivo.

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  11. Memória nos ajuda e nos trai. Não lembro do Zeca. A lateral esquerda nas minhas lembranças: Ortunho e Everaldo e juntamente com Everaldo tinha mais um que agora esqueci o nome. Se não me engano veio a ser titular depois da saída do Everaldo.
    Também não lembro do Everaldo jogando na direita. Eram Altemir e Espinosa.
    O Cléo realmente era volante que depois veio a jogar na zaga.
    Antes de Loivo tinham Wolmir, Vieira e Paulo Lumumba.
    Engraçado. Pouca gente dá valor ao Loivo, mas gostava dele. Não era estrela como o Lula no adversário, mas jogava pro time, era solidário. Gostava dele.

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    1. Arih,
      Everaldo atuou na lateral-direita também em 1967, com Ortunho na lateral-esquerda. Não foram muitos jogos, mas estava lá, para ajudar Sérgio Moacyr a montar a defesa, tal era a sua qualidade. Até no meio-campo atuou o tricampeão mundial. Na impossibilidade de Everaldo, o Grêmio teve Jamir e Clóvis,na esquerda. Mais tarde teve Jorge Tabajara. Sobre Loivo, eu sempre achei um baita ponteiro-esquerdo.

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    2. Isso. Jorge Tabajara. Era reserva. Creio que chegou a sair do Grêmio e depois voltou para ser titular.
      Bem, se vocês acham isso do Loivo então realmente ele era mais significativo do que as lembranças da torcida.

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    3. Quanto ao Everaldo, não lembro de ter jogado na direita e no meio, embora sabia que já tinha atuado pelo meio. Ficou relegado a segundo plano no Tri porque a imprensa queria o Marco Antonio e devido a uma entrevista dele. Pela modéstia, quando perguntado porque apoiava pouco falou que a seleção tinha muitos pra jogar na frente. mas pra quem viu a Copa de 70 como vi, ele apoiava frequentemente. Toda a seleção foi decisiva e ele com os demais.

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    4. Puro bairrismo. Não são poucos os tricampeoes de 70, cariocas, que volta e meia vem com essa historia de que o Marco Antonio era melhor. Jogador de carreira discretíssima. Jamais fez historia na Seleção.

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    5. Banco para o Marinho Chagas em 74, inclusive.

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    6. Concordo Vinnie. Bairrismo. Aliás, ontem, hoje e sempre.
      Nem precisa ter visto Everaldo jogar. Basta ver um compacto da final da Copa de 70. Creio que todos devem apresentar duas chegadas de Everaldo na área. Isso numa época que lateral era pra defender, essencialmente. Alem disso, Pelé, Tostão, Gerson e o falso ponta esquerda Rivelino frequentemente andavam ali pela esquerda.

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    7. Realmente. Pra acabar com qualquer dúvida. Marco Antonio foi banco nas duas Copas.
      Inclusive há uma historia de que os próprios titulares pediram o Everaldo depois da pressão da imprensa.

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  12. Arih! Loivo era um emérito cobrador de faltas, também.

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