Segue a segunda crônica que vejo correlação do presente com fatos dos anos 70/80
Escrito nas Estrelas
Em 1979, o Grêmio foi campeão do mais fácil Gauchão da história. Ficou 10 pontos à frente do Inter na fase final e 13 no geral. O clube da Padre Cacique sequer chegou em segundo lugar, mérito que coube ao Esportivo do jovem técnico Valdir Espinosa. Com isso, ninguém dava 1 "pila" pelo Inter na próxima competição do ano: o Brasileirão.
Chegaram Ênio Andrade e Gilberto Tim, para quem é jovem, treinador e preparador físico. Eles ajustaram o time que tinha 4 extra classes, ou melhor, 3 + 1, porque o menino Mauro Galvão, 17 anos, recém se apresentava ao mundo da bola; os demais, o goleiro Benitez, Falcão e Mário Sérgio.
O tri campeonato veio com uma campanha invicta. Algo inimaginável e até hoje, irrepetível.
Corta para 2023: o Botafogo ficou em 5º lugar no Carioca, por convicção de quem dirige a instituição, o treinador português Luiz Castro seguiu no comando e como num passe de mágica, as vitórias apareceram de tal maneira, que faltando duas rodadas para o final do primeiro turno e já sem o seu comandante técnico, ganhou o simbólico título de campeão desta primeira parte do certame. Quase 90% de aproveitamento.
Na Rádio Guaíba, o comentarista Carlos Guimarães lembrou da campanha do inglês Leicester em 2016, quando ficou com 81 pontos, 10 a mais do que o Arsenal, o vice. Como não sei nada do futebol europeu, fiquei com este exemplo mais antigo.
Com atuações muito regulares e em alto nível, acho que o Botafogo está com a mão na taça.
É uma conspiração dos deuses associada a convicção, competência e trabalho.
Bah, que Gauchão terrível o de 1979. Ano das três derrotas para o São Paulo de Rio Grande.
ResponderExcluirAno do Zé Duarte assumindo o lugar do Claudio Duarte, como técnico. Aguentou 13 jogos, o Zé...
...e veio Enio Andrade.
Enio também tinha suas convicções.
Antes do famoso jogo contra o Palmeiras em que o Jornal da Tarde imprimiu em sua manchete principal: “Mococa ou Falcão?”, o Internacional enfrentou o Cruzeiro, precisando da vitória.
Enio Andrade não queria escalar Valdomiro, porque o ponteiro estava com uma pequena lesão. Falcão também apresentava desconforto.
Valdomiro e Falcão sairam contundidos de campo no jogo contra o Goiás. A situação de Valdomiro era a mais preocupante.
Quando soube que o time iniciaria o jogo no Mineirão com Chico Spina, Marcelo Feijó, presidente, foi falar com Enio Andrade.
- "Enio, você não vai escalar Valdomiro?"
- "Não! Ele está descontado e eu vou perdê-lo para o próximo jogo."
E Marcelo Feijó completou
- "Enio, não haverá próximo jogo, se ele não for escalado."
Resultado no Mineirão: Cruzeiro 2x3 Internacional, sendo que Valdomiro fez o terceiro gol colorado, ainda no 1º tempo e saiu para dar lugar a Chico Spina.
Como bem escreveste, Bruxo, "conspiração dos deuses associada a convicção, competência e trabalho".
O Mário Juliato não era desse tempo?
ResponderExcluirSubstituiu Enio Andrade. Começou em Janeiro de 1981. Comandou o time em nove jogos. Foi substituído por Claudio Duarte.
Excluir