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domingo, 29 de outubro de 2023

Opinião




Fora da Ordem 


Assisti o jogo do Inter versus Coritiba com narração do Moreno e comentários do Edinaldo "Grafite" e Cabral Neto. Não era intenção ver todo, mas com a expulsão do Vitão, eu fui ficando à frente da tela e, embora, sem muitas esperanças, vi os 3 pontos de "favas contadas" irem pelo ralo Coxa Branca.

Sete gols, quatro de penalidades, desconfio que a sobre o Nico Hernandez foi forçada; tentei entrar no que passa pela cabeça do juiz: ele deve ter "racionalizado", dou o pênalti e logo termino, fica 3 a 4, reduzo a bronca vermelha e não prejudico o justo vencedor.

Vi o jogo que os comentaristas viram. Fechei com quase tudo. Não colocaram peso demasiado na conta da arbitragem as incidências malucas dos 7 gols, cartões amarelos e o vermelho e principalmente, concordaram com as penalidades máximas. 

Terminada a partida; liguei o rádio na Guaíba e tive uma senhora surpresa, o comentarista Carlos Guimarães "achou" que o juiz apitara antes do Dalbert derrubar o atacante paranaense no primeiro pênalti e não considerou falta máxima do menino João Dallacorte no segundo. Resumindo: sem os dois pênaltis, o resultado deveria ser empate.

Por mais democrata que a gente seja, hoje, diferentemente de 3 décadas anteriores, o comentarista assiste os mesmo lances, as mesmas tomadas, os mesmos ângulos, os mesmos replays que o torcedor/espectador vê, aliás, tem recurso até das linhas traçadas pelo VAR.

Guimarães me passou a impressão de estar profundamente irritado com o que aconteceu com o Coirmão, aliás, qualquer ouvinte assíduo da velha Guaíba de guerra, já pega a manha de cada comentarista, o Guima, quando nervoso, encerra as suas falas com um invariável "tá". Um cacoete denunciador, revelador.

O entusiasmo exacerbado de parcela da mídia esportiva gaúcha leva a aberrações como considerar o Inter um candidato a G4, mesmo que as distâncias sejam atualmente de 12 pontos para o topo sonhado e de 6 de proximidade do Z4. A matemática, nesse caso jogando contra é olimpicamente ignorada.

Decididamente, alguma coisa está fora de ordem no jornalismo gaúcho. Pelo menos, de uma parte.

6 comentários:

  1. Mas tu ainda te surpreende com a IVI? Sempre foi assim.

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  2. André
    O improvável pode acontecer, mas, neste momento, este pensamento mágico deve ser da Direção, Comissão técnica e torcida. A imprensa deve considerar o que está vendo e não sonhando.
    Aí, o lado do torcedor do jornalista aparece, infelizmente.
    Chegou a falar em empate, deve ter desconsiderado o terceiro gol do Inter.

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  3. Há no mínimo um ano e meio que eu não ouço nada dessa gente, principalmente, nos dias de jogo. Coloco a TV no mudo sempre. E escuto apenas, e olhe lá, quando eles perdem, apenas, para dar algumas risadas. É por isso que o Renato tem razão ao dizer o que diz nas coletivas. Porque qualquer tentativa dele, em explicar algo sobre o jogo, será desconstruída pela imprensa ou pela nossa própria gente.

    Enquanto isso os politiqueiros de dentro do clube precisam estar nos holofotes desse pessoal aí porque tem pretensões que vão além do clube. Sobem em palanques, começaram a participar de eventos voltados à política. E aí, vez e outra, dão papo para que os isentos e identificados tenham assunto para falar na segunda-feira porque terão seus nomes “bem” noticiados na impresa.

    E pensando fora da caixinha, recordando a polêmica do joelho do Suárez, me lembrei daquele vídeo vazado aonde o presidente Guerra fala alguma coisa sobre o assunto. Junto, do verbo juntar, esse episódio à polêmica mais recente que vivenciou o Grêmio. A viagem do Renato ao Rio e a sua ausência na coletiva pós Grenal.

    Isso bem que poderia ser apenas uma tese idiota da minha mente paranoica, mas percebo que toda essa loucura começa a fazer certo sentido. Nas duas ocasiões que citei acima o pivô era o presidente. E apareceu na mídia do jeito que eles mais gostam. Criando “assunto”, disse e me disse...

    Sobre o joelho do Suárez todos perceberam (alguns bem depois) que se tratava de uma grande mentira que o próprio jogador desmascarou após ter comemorado um gol de forma debochada. E sobre a viagem, o próprio Renato colocou panos quentes na conversa ao dizer que está de boas com o presidente. Porém, não é o que penso. E por esse motivo o Renato deixará o Grêmio no final do ano. Para a alegria de muitos colorados da imprensa e muitos gremistas aqui do pago.

    Rodrigo

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    1. Rodrigo
      Sinceramente, uma saída do Renato no final do ano será ótima para ambos os lados, o técnico poderá provar que é bom realmente e Guerra também terá a sua prova de fogo, quem sabe contratando um treinador competente, que está esperando por uma chance de comandar um clube grande brasileiro.

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  4. Na semana do Fluminense eu havia atentado para algo inusitado. Uma derrota colorada significaria a eliminação de duas edições da Libertadores. Poucas vezes vimos algo do tipo.

    Era nítido, embora alguns ainda tentam se iludir. O Campeonato Brasileiro é muito equilibrado. Arrancadas fulminantes e tropeços recorrentes (como o recente do Grêmio que ainda ameaça a vaga) são fora da curva.

    A disputa lá de baixo tá tao acirrada quanto a de G6. O número mágico pra escapar do descenso vai chegar perto dos 50 pontos esse ano.

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  5. Vinnie
    Não imagino tão elevado número de pontos, mas será uma briga boa com cachorro grande na disputa.

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