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terça-feira, 21 de novembro de 2023

Opinião




Ser Profissional 

"Antigamente", com outras leis regendo o futebol, os vínculos dos atletas com seus clubes, continham muitas armadilhas para a parte mais fraca da relação, agora, houve uma nítida e justa evolução nas relações contratuais com as mudanças instaladas e o passe como era conhecida a possessão das instituições sobre seus jogadores, deixou de existir, pelo menos, nominalmente e em várias de suas características.

Junto com a nova lei, veio uma que mascarou o conceito de profissionalismo, antes, os jogadores eram ou transpareciam, ter maior envolvimento com seus clubes, alguns até se confundiam como sendo torcedores dentro dos gramados, criavam vínculos mais consistentes e, coincidência ou não, tinham longevidade até na Seleção, lógico, aqueles que tinham "bola" para vestir a Canarinho.

Com esta nova realidade, a palavra profissionalismo transmutou-se para boa parte do universo futebolístico, apareceu um nova expressão que esconde um sofisma: gestão de carreira. Ouvi pela primeira vez (e acho que em atraso) da voz de um técnico de futebol conhecido por transitar entre o folclore e a irresponsabilidade: a resposta que fazia exatamente isso, quando em escasso lapso de  tempo negociou com três clubes e os deixou inesperadamente.

É possível ser profissional à antiga neste Século com estes nova ares? Sim, há os exemplos dos maiores do mundo nas últimas décadas (Messi e Cristiano Ronaldo) mais Pedro Geromel e Walter Kannemann no Tricolor. Modelos de que a nova lei não é sinônimo de fugacidade na relação entre atletas e clubes. O fato de serem “Top de Linha”, não é a justificativa para o  bom profissionalismo, há exemplos contrários, onde outros “melhores do mndo”, não conseguem andar pelas ruas de suas cidades de origem, sem serem xingados, isso, dentro desta nova condição legal.

Por que esta crônica? Porque olho a passagem de Ferreira pelo Imortal e percebo que, por natureza ou por  acidente, ele não conseguiu avançar na carreira no quesito fundamental: o seu ofício dentro das quatro linhas. Desconfio que houve excessos ou equívocos no gerenciamento do entorno do que a bola permite e exige de um jogador de futebol. Foi driblado pelo extra campo e sua assessoria.

Ferreira sai da cena Tricolor, consagrando a expressão; - Foi, sem nunca ter sido, em parte, porque o Tricolor avaliou mal o seu potencial, cedendo em demasia às exigências do empresário dele até na inconveniente e desrespeitosa ação de lhe dar a camisa 10 Tricolor.

Ferreira em doses maiores poderá repetir Marcelo Hermes.


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