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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Opinião




Vitória no sufoco 


Anunciava-se que este encontro na Arena seria para se ter a devida dimensão deste time do Grêmio, versão 2024, pois encarava um clube de Série A. Dá para dizer que o teste, apesar da vitória, deixou muita preocupação, porque o Juventude é eventualmente de Série A, jamais se pensa nele como candidato a vaga na LA, muito menos ao título do Brasileiro.

É uma pequena amostra, porém, ela foi assustadora, toda a etapa final foi do visitante e o goleiro gremista teve que trabalhar para garantir os três pontos, mas o termo "assustadora" está mais plasmado, mais cristalizado, quando Soteldo se lesionou; ali, o sentimento de orfandade deu sua cara. Algo numa dose menor, mas relevante, tanto quanto foi perder Suárez em determinadas  partidas de 2023. Soteldo é uma ilha de talento, no entanto, o grupo ainda assim, é suficiente para fazer um bom enfrentamento ao Juventude ou Caxias. O furo está fora das 4 linhas.

Vários indícios demonstram a fragilidade gremista, uma delas, a presença de Geromel. Explico: com ele a defesa se fortalece, porém, ele não vai estar em muitos jogos e o que temos é desanimador. Com exceção de Gustavo Martins, não dá para "cravar" que os demais zagueiros darão conta do recado.

E o meio? Bem, o meio segue desanimador, uma melhora de Pepê, uma partida regular de Villasanti, o mesmo Cristaldo de outras jornadas. É pouco, quase nada.

Na frente, aí só dá para aceitar, se é para o treinador ter a certeza que Galdino e Galvão não tem condições de fardar, por tudo que (não) mostraram até agora.

Para a partida do final de semana em Santa Cruz do Sul certamente sem Soteldo, a vitória será fruto de muita transpiração e de um bafejo da sorte. E é contra o Avenida.

O Grêmio é um bando desarrumado, sem criatividade, sem individualidades, sem arranjos táticos que permitam ser superior em casa sem passar por sustos.

É líder, mas isso passa mais pela ruindade dos adversários, incluindo o Coirmão em suas visitas ao interior.

Assistir nosso clube do coração virou tarefa para testar os nervos. 


7 comentários:

  1. Ainda assim, faltou qualidade pra matar o jogo no início, naquelas saídas de bola "Dinizísticas" do Juventude.

    Apesar do gol, nada justifica Fabio de titular. Renato reclama de tempo, mas perde tempo insistindo neste e em Galdino, de quem já se sabe o que podem dar.

    Nathan Fernandes teve a bola pra pifar alguém livre na área e errou um passe besta....

    Cristaldo teve uma bola pra "consagrar" o JPG, e em vez de largar em profundidade pro outro sair sozinho na cara do goleiro deu o passe em cima....quase atrás...

    O juventude também perdeu gols (poderia até ter saído ganhando no primeiro lance do jogo), só que conforme o momento da partida, um 2x0 mudaria tudo.

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    1. Glaucio
      Concordo plenamente com o teu comentário; também achei aquelas saídas arriscadas e desnecessárias como foram.
      Jogo parelho e não deveria ser. Elenco por elenco, não tem comparação.

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  2. Bruxo, não tenho reparo algum a fazer na sua coluna. Concordo em absolutamente tudo. O Grêmio precisa de reforços, é evidente, mas não adianta o treinador reclamar do grupo que tem à disposição se ele escala Galdino, JP Galvão, Fábio e Ely no time titular (esses 2 últimos até foram bem ontem). Quando vai colocar o André ele coloca fora de posição, coloca o Nathan Fernandes na posição inversa à que jogava na base (escalou pela esquerda mas ele jogava pela direita/centro).
    O Juventude com 1 mês de trabalho parece ter um arranjo tático melhor que o Grêmio que está há 15 meses com o mesmo treinador. E a justificativa que vejo é que o Juventude começou a se preparar muito antes...muito antes? Juventude começou a pré temporada 4 dias antes do Grêmio, não 30. E ainda perdeu o treinador...

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    1. Exatamente, o argumento que valeu contra Caxias ou São Luiz, não serve ontem. O Juventude teve o mesmo tempo de preparação do que o Grêmio com o agravante de começar a temporada imaginando contar com o mesmo técnico e sofreu mudança brusca. E o Grêmio segue sem evolução.

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    2. Justiça seja feita, série B terminou dia 25/11. Juventude teve 10 dias a mais de "folga"

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  3. Jogador estourado. É isso que dá o amadorismo: " Tu pode fazer o que quiser lá fora desde que entregue em campo" . E o corpo não precisa de descanso? Por isso que alguns jogadores não saem do DPM.

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    1. Isso também é reflexo de um time mal ajustado que precisa se esforçar muito além do normal para equilibrar os duelos. Soteldo trabalhando de assessor de lateral já estourou em 3 jogos!

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