Opinião

Ser foi Lícita, qual o Problema? 

Estava pronto para tratar deste tema; me atrasei. Por uma feliz coincidência, o jornalista Ticiano Osório em sua coluna de ZH de hoje, traz o assunto, qual seja, os objetivos que tem as celebridades, quando auxiliam e publicizam os seus atos solidários. O que escrevo é semelhante, poucas diferenças.

Quando fiz o curso de História, eu já tinha mais de dez anos de formado e havia três blocos etários bem definidos na turma: os maiores de 50 anos, os intermediários, faixa dos 30 (a minha), todos com uma faculdade pelo menos no currículo e o terceiro, a gurizada de seus 17 a 19 anos, convivendo harmoniosamente, sem competição ou choque de egos tão comuns em cursos fora da área das Humanas.

Um dia, um professor no alto de seu "conhecimento" e de sua empáfia, numa discussão sobre a crise que assolava as populações mais carentes, fraseou: - Sou totalmente contra medidas paliativas, tem que haver apenas medidas estruturantes - disse o mestre.

Um colega de 18, talvez 19 anos, refutou: - Então os mais necessitados morrerão ou seguirão na pior, só esperando por medidas estruturantes. Palavras que foram bem aceitas por quase a totalidade da sala de aula.

Conto essa historinha, porque hoje, toda a ajuda legal, lícita que vier, será bem recebida. Se for Neymar, Dunga, Fernanda Montenegro, o cara da Havan ou outros empresários, seja por solidariedade ou para estarem na mídia, neste momento, aquele pessoal que perdeu tudo, até parentes, não vai e nem tem que se preocupar, se a ajuda veio com uma segunda intenção. O momento requer superioridade e equilíbrio de todos.

O apoio será recebido de braços abertos e sempre na expectativa que ele é fruto da generosidade.

Depois, os reais objetivos virão ao conhecimento de todos. Só depois. Aí, "azar", o ato de bondade já estará consolidado, graças a Deus.