As Evidências do Empate
E o Grêmio desperdiçou uma boa chance de "voar" para o bolo dos que brigam por vaga na Libertadores, mas está longe de ser um resultado ruim o empate diante do Timão.
Neste momento do certame, eles são dois times parecidos. O empate mostrou-se condizente com o que se viu no gramado. Dois gols com duas falhas, uma individual, outra, de posicionamento equivocado do meio de campo gremista.
O que ficou de mais evidente para mim, o que se escancarou diante de todos? As contratações erradas feitas pelo clube. Vejam:
João Lucas e Luan Cândido estão sendo "sorteados", Arezo fica atrás do limitadíssimo André Henrique na escolha de Mano Menezes e Amuzu só veio porque Aravena não correspondeu. Adicione-se a isso um semestre de ausência de Cuéllar e temos meia dúzia de contratações equivocadas (não considerando a aposta no guri vindo do Hercílio Luz).
O único aspecto positivo é que o treinador não tem "remédio" a não ser lançar os jovens da base e eles vêm aparecendo: Serrote, Alysson Edward, Ronald, Riquelme estão tendo oportunidades. Aliás, Alysson, para quem viu o início de Renato, lembrará das arrancadas do ponta com porte físico de zagueiro, que vencia no corpo e na velocidade os seus marcadores. Uma das vantagens de Portaluppi é ser destro e atuar pela direita.
O Corinthians tem Rodrigo Garro e isso faz bastante diferença em equipes iguais, adonou-se do meio, mais uma vez. Alguém tinha que "colar" nele.
Outras evidências fora do jogo do Tricolor, há muitos anos, não vi três partidas completas, sendo duas sem o Grêmio (Seleção e Coirmão). A do Brasil, que Ancelotti já começa a dar mais intensidade ao time, o Paraguai mostrou a tradicional "escola" de grandes goleiros e saber-se defender. 1 a 0, que poderia ser um 0 a 0.
Já a partida do Inter, ela demonstrou que o clube da beira do Guaíba vive de Alan Patrick, Fernando e, às vezes, de Bernabei. Se ficar muito tempo sem este trio, rondará o resto do campeonato a zona do rebaixamento.
Uma última evidência: o calendário está matando os bons jogos e liquidando de vez com as chances de se ver um verdadeiro espetáculo. Assim como está, cada partida será sempre uma roleta russa, porque os clubes não têm elenco para tantas competições simultâneas.
Ontem, ouvi as respostas de Roger Machado e, em especial, as perguntas, algumas bem imbecis, como por exemplo a que questiona o porquê de o Inter não ter um "Alan Patrick" ou "Fernando" para os substituir. Lógico, cristalino para mim: Se tivesse o clube, eles não seriam reservas. É incrível, mesmo que o repórter estivesse se referindo apenas à característica dos jogadores.
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