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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Opinião



 
O Fardo de Ser Treinador de Um Grande Clube
 
Outro dia, Renato afirmou que treinador de futebol tem que ganhar muito bem. Elencou vários fatores, mas o mais evidente deles é a pressão. Claro! Ele estava se referindo aos que atuam nos grandes 10, 12 clubes do Brasil. Naquele momento, achei um certo exagero, porém esta semana comecei a mudar de ideia e ir me associando ao pensamento de nosso técnico.
 
À princípio, ser "professor", é uma vida de mordomias, garantia de uma boa aposentadoria, grandes viagens pelo mundo, tornar-se uma celebridade, etc... Mas ultimamente pela mudança de perfil dos torcedores, ficando mais atuantes ( ou agressivos), mais as redes sociais que obrigaram a mídia tradicional a se tornar mais incisiva em alguns aspectos, adotando um novo "jeito" de divulgar as notícias na tentativa de incorporação de elementos das novas ferramentas da comunicação, fatores que se associaram a problemas antigos e insolúveis da carreira como a instabilidade do cargo e a incerteza de ter a parte financeira que lhe compete ser honrada no prazo acordado; pois bem, isso tudo, sobrecarregou o já pesado fardo de comandar um elenco de 30 jogadores. A saúde fica combalida e aí estão Ricardo Gomes, Oswaldo de Oliveira como exemplos recentes.
 
Examinando especificamente o caso de Renato; esta semana ele foi bombardeado acima do razoável se olharmos a posição que o seu time ocupa no Brasileiro e na Copa do Brasil. É óbvio que essas duas derrotas recentes, reforçaram as críticas dos que invariavelmente batem em qualquer um que ocupe o cargo de técnico do Imortal, agora engrossados pela adesão de parte da mídia oficial e também, daqueles que, mesmo ressalvando o bom trabalho dele, viram nestes últimos dias uma oscilação preocupante no desempenho do time. Aí, o mundo desaba sobre a cabeça do treinador. Renato errou, mas a reação é desproporcional.
 
Por tudo isso, começo a dar razão àqueles que defendem e justificam os altos salários. Passou a ser profissão de risco.
 
 

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