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segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Opinião


Prioridades


Incrível como o Grêmio se enrola em situações de fácil resolução que são detectadas até à distância por qualquer pessoa que tenha uma razoável capacidade de avaliação das prioridades diante das alternativas que são postas no início do calendário esportivo.

Nem vamos enumerar as situações do passado, pois fizemos isso recentemente, mas as mais atuais, as de 2017, quando a impressão que ficou foi a da “terceirização” da gestão do futebol; isto é, sai das atribuições da Direção e passa a ser do treinador gremista.

Como o Grêmio terminou 2016 com o conceito de melhor time do Brasil, o normal seria priorizar a competição de pontos corridos, aquela de menor possibilidade de sobressaltos, ou seja, de dar “zebra”, onde o melhor vence e convence.

Depois de mais de duas décadas do bicampeonato, o Tricolor era favoritaço para ganhar o Brasileirão; exagero? Claro que não, pois mesmo o desprezando a olhos vistos, bastaria uma única vitória diante do Sport Recife em Pernambuco que inicialmente, chegou a ocorrer por  2 x 0 com o time C e um único empate, como por exemplo, Sábado contra o Vasco da Gama, quando usou os titulares diante de um adversário notadamente mais frágil e com estádio às moscas, que a pontuação chegaria a 47 pontos, portanto, ao alcance do líder Corinthians, este com 50.

A eleição de prioridades equivocada já brindou o Tricolor com três reveses e uma cova rasa à espera do próximo óbito (Brasileirão), restando a Libertadores que sabemos ser carne de pescoço e provavelmente a que ficou, porque o calendário determina que seja uma morte lenta com a “conivência” do calendário que deixa as fases decisivas para os meses finais do ano. Quem garante que invertendo as datas com as da Copa do Brasil, o Tricolor ainda estivesse vivo na LA?

Outro ponto importante, algo que não se vê na pauta dos repórteres e jornalistas esportivos em geral: O seguinte questionamento: - Se há prioridades de disputas, há diferenciação na premiação dos “bichos” para os atletas? Será que o Brasileiro que  foi relegado à condição subalterna, não tem valores inferiores ou até, a inexistência de premiação conhecida como “bicho” por vitória?

Não parece lógico haver diferentes escalas de valores por importância (prioridade) de competições? A resposta é sim.

Isso não se ouve ou lê, não há espaço na pauta dos profissionais que cobrem as notícias do Grêmio.

Afinal, fica engraçado a Direção pedir uma coisa para o elenco, hierarquizar os desafios do ano e depois pedir interesse pelo o “que não interessava”. Cabeça de jogador e de seus empresários sabemos ...


Uma conclusão parece cristalina para nós; se algum título, alguma taça chegar ao armário da Arena nos meses que restam em 2017, não será por planejamento. Mais provável que seja pelo bafejo dos deuses ou por um cochilo do Diabo.

7 comentários:

  1. Sabe que eu nao tinha pensado nisso, mas faz todo sentido.

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  2. Carlos
    Depois do que eu vi na decisão da Libertadores de 84, eu tô naquela, cachorro mordido por cobra tem medo de linguiça.

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  3. O que houve em 84?

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  4. Em 84, Direção e elenco chegaram às vésperas do primeiro jogo (Olímpico) sem uma definição de premiação e o time entrou desconcentrado e perdeu para o Independiente.
    Jogo da volta, tudo acertado, o Tricolor jogou bem mais lá na Argentina,mas ficou no 0 a 0.

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  5. Tem razão Bruxo, desinteresse contagiante da direção que, acredito, deva ter afetado até o "incentivo financeiro".

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  6. PJ
    Espero que não seja problema de grana (está entrando um monte); se for isso: F#deu.

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    Respostas
    1. Creio que não, as torneiras estão bem fechadas né...

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