Prioridades
Incrível como o Grêmio
se enrola em situações de fácil resolução que são detectadas até à distância
por qualquer pessoa que tenha uma razoável capacidade de avaliação das
prioridades diante das alternativas que são postas no início do calendário
esportivo.
Nem vamos enumerar as
situações do passado, pois fizemos isso recentemente, mas as mais atuais,
as de 2017, quando a impressão que ficou foi a da “terceirização” da gestão do
futebol; isto é, sai das atribuições da Direção e passa a ser do treinador
gremista.
Como o Grêmio terminou
2016 com o conceito de melhor time do Brasil, o normal seria priorizar a competição
de pontos corridos, aquela de menor possibilidade de sobressaltos, ou seja, de
dar “zebra”, onde o melhor vence e convence.
Depois de mais de duas
décadas do bicampeonato, o Tricolor era favoritaço para ganhar o Brasileirão; exagero? Claro
que não, pois mesmo o desprezando a olhos vistos, bastaria uma única vitória
diante do Sport Recife em Pernambuco que inicialmente, chegou a ocorrer por 2 x 0 com o time C e um único empate, como por
exemplo, Sábado contra o Vasco da Gama, quando usou os titulares diante de um
adversário notadamente mais frágil e com estádio às moscas, que a pontuação
chegaria a 47 pontos, portanto, ao alcance do líder Corinthians, este com 50.
A eleição de
prioridades equivocada já brindou o Tricolor com três reveses e uma cova rasa
à espera do próximo óbito (Brasileirão), restando a Libertadores que sabemos
ser carne de pescoço e provavelmente a que ficou, porque o calendário determina
que seja uma morte lenta com a “conivência” do calendário que deixa as fases
decisivas para os meses finais do ano. Quem garante que invertendo as datas com
as da Copa do Brasil, o Tricolor ainda estivesse vivo na LA?
Outro ponto importante,
algo que não se vê na pauta dos repórteres e jornalistas esportivos em geral: O
seguinte questionamento: - Se há prioridades de disputas, há diferenciação na
premiação dos “bichos” para os atletas? Será que o Brasileiro que foi relegado à condição subalterna, não tem
valores inferiores ou até, a inexistência de premiação conhecida como “bicho”
por vitória?
Não parece lógico haver
diferentes escalas de valores por importância (prioridade) de competições? A
resposta é sim.
Isso não se ouve ou lê,
não há espaço na pauta dos profissionais que cobrem as notícias do Grêmio.
Afinal, fica engraçado
a Direção pedir uma coisa para o elenco, hierarquizar os desafios do ano e
depois pedir interesse pelo o “que não interessava”. Cabeça de jogador e de
seus empresários sabemos ...
Uma conclusão parece
cristalina para nós; se algum título, alguma taça chegar ao armário da Arena
nos meses que restam em 2017, não será por planejamento. Mais provável que seja
pelo bafejo dos deuses ou por um cochilo do Diabo.
Sabe que eu nao tinha pensado nisso, mas faz todo sentido.
ResponderExcluirCarlos
ResponderExcluirDepois do que eu vi na decisão da Libertadores de 84, eu tô naquela, cachorro mordido por cobra tem medo de linguiça.
O que houve em 84?
ResponderExcluirEm 84, Direção e elenco chegaram às vésperas do primeiro jogo (Olímpico) sem uma definição de premiação e o time entrou desconcentrado e perdeu para o Independiente.
ResponderExcluirJogo da volta, tudo acertado, o Tricolor jogou bem mais lá na Argentina,mas ficou no 0 a 0.
Tem razão Bruxo, desinteresse contagiante da direção que, acredito, deva ter afetado até o "incentivo financeiro".
ResponderExcluirPJ
ResponderExcluirEspero que não seja problema de grana (está entrando um monte); se for isso: F#deu.
Creio que não, as torneiras estão bem fechadas né...
Excluir