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quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Opinião



A Mídia optou pela “Lei do Menor Esforço”


Ontem, última postagem, nos  comentários, eu critiquei a postura de  parte da  mídia esportiva gaúcha,  no caso de ter  sido surpreendida pela escalação de Alisson desde o começo. Algo que para mim; a maior possibilidade de ocorrer.

Agora eu parto não para a crítica, mas para a constatação e aí, os mais experientes que prestigiam o blog irão concordar comigo.

Nas décadas anteriores até as de 80 e 90, o jornalismo de um modo geral, trabalhava os fatos de uma maneira individual, isto é, os fatos eram os mesmos, as conclusões geralmente eram as mesmas, mas o texto era pessoal, “personal”. Na parte esportiva, um dos segmentos mais criativos, isso era ainda mais evidente. A informação chegava em textos maravilhosos e convincentes.

Hoje, através do celular e aplicativos é possível fazer a leitura dos principais jornais brasileiros e blogs sem qualquer dificuldade. Porém, infelizmente, tal qual o pão cacetinho que a maioria dos mercados gaúchos vende e vem pré-assado de Minas Gerais, as informações de todos estes grandes veículos vem em idêntica roupagem; são as mesmas. A raiz, a fonte, parece de um monopólio, vem “pré-assadas”; as manchetes são  parecidas para não escrever iguais, o texto nem se fala.

Para ilustrar, coloco a notícia do passamento de Claudiomiro, grande atacante colorado, pois nos três espaços esportivos que acompanho diariamente, mesmo colocando a data de nascimento, 03/04/50 e citando o seu maior feito, o de ter marcado o tento inaugural do Beira-Rio em 06/04/69 (olhem as datas), todos esses espaços, dois jornais e um blog importante, colocaram no texto que esta façanha foi realizada pelo “Bigorna”, como o camisa 9 era conhecido, aos 18 anos. Quem copiou de quem? A fonte era a mesma? Não se preocuparam em “entender” o próprio texto.

Não sei se é para reduzir custos, “racionalizar” a gestão, ou talvez, por falta de tempo, de motivação ou talento;  a conclusão para mim é uma só: Para o leitor fica a impressão de comodidade, aí, se alguém deste segmento não levantou a hipótese da inclusão de Alisson desde o início da partida em Tucumán, toda a turma “embarcou” nesta viagem em direção à desinformação.

Com certeza, a palavra mais bonita da língua portuguesa é Saudade . No futebol, na parte que envolve a mídia, este verbete se agiganta na alma do torcedor antigo e o desencanto com os atuais “profissionais” é uma consequência inevitável.

Dá para respirar saudoso e começar a prosa desta forma: “ Poxa vida, no meu tempo não era assim, antigamente era ...”.




15 comentários:

  1. Essa do Claudiomiro é de matar!

    Eu leio aqui e ali, ouço lá e acolá.
    Esta semana, no jogo em Chapecó, após a marcação do gol colorado, de pênalti, um repórter da Gaúcha disse que Nico López é o 4º maior artilheiro estrangeiro da história do Internacional.
    Como não há pesquisa, eles ficam chutando. Um dia vão acertar.
    Esqueceram de incluir mais dois artilheiros antes do Nico.
    "No meu tempo não era assim..."

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  2. Alvirubro
    E os caras ganham para isso; tem todo um arsenal à mão e ainda largam essas pérolas.

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    1. Bruxo, são desacostumados à pesquisa.
      O imediatismo exige apenas a busca de alguém que tenha a informação disponível. Não confirmam dados. O que tu passares, eles publicam. São copiadores.
      Há um tempo, num debate de jornalistas esportivos, alguém levantou a possibilidade do Yúra ter entrado em campo mais de 700 vezes.
      Aí começou o "Pode!", "Não pode!". E assim vão surgindo as lendas.

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  3. Vou colocar apenas um dos três que citei:
    https://www.correiodopovo.com.br/Esportes/Futebol/Inter/2018/8/659631/Morre-o-atacante-Claudiomiro,-autor-do-primeiro-gol-do-BeiraRio

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  4. Pensando bem; é uma injustiça postar só um:
    https://gauchazh.clicrbs.com.br/esportes/inter/noticia/2018/08/em-nota-inter-lamenta-morte-de-claudiomiro-idolo-eterno-cjl8p7n0204c501qkrzkedsdt.html

    https://mariomarcos.wordpress.com/2018/08/25/claudiomiro-3-4-1950-24-08-2018/

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  5. Bruxo: é um clichê sem tamanho afirmar que o jornalismo, não só esportivo, perdeu qualidade e massa crítica - salvo raras exceções. Antes, digo até os anos 90 tínhamos alguns Jornalistas com J maiúsculo no mainstream. Hoje, assim como na publicidade e no marketing (minha área de atuação), os profissionais tendem a ser mais júniores, menos talentosos, e tendem a não entender hierarquias básicas de conhecimento (não se perguntam, por exemplo, "o que eu preciso entender sobre o fenômeno X sem entender as causas desse fenômeno", o que dirá fazer análises sólidas e originais.

    E é aqui que tu e o Alvirrubro te beneficiam. Quem sente saudades dessa época, prefere a opinião independente e qualificada de gente como vocês, ao invés de se preocupar com o que os ungidos da RBS tem a dizer.

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  6. Caco
    Obrigado, às vezes eu penso que não consigo externar, "traduzir para o papel", o que realmente quero dizer.
    Este teu retorno é fantástico para mim. Na mosca.

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  7. Falei mal do Alisson e gastou a bola. "Não joga nada" (quem sabe ajuda)...rs

    Confesso que não vi o jogo. 17:45pm é um horário complicado pra mim. Pelos lances, o Grêmio suportou a pressão e soube matar na hora certa. Essa é uma lição da Copa, o time inferior entra mordendo, fazendo uma correria. Aí basta o mais qualificado se impor aos poucos, até abrir o placar e vencer ao natural.

    Precisa jogar sério na volta. Ano passado tomou sufoco do Barcelona equatoriano. Em boa parte do segundo tempo dava a impressão que levaria o segundo gol na Arena. Teria virado drama. E a vantagem era maior. Acho engraçado o pessoal achar que tá morta a cobra.

    Mas projetando a possível semi-final. Grêmio precisa evoluir bastante pra ser campeão esse ano. Se conseguir, muito possivelmente será ganhando de River e Boca, até então inédito numa mesma edição acredito. Palmeiras tb vem forte, mas ainda prefiro os argentinos.

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    1. Quem em sã consciência aprovaria a escalação de Maicon e Cícero juntos?

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  8. Vinnie
    O Palmeiras, embora tenha feito o primeiro antes do terceiro minuto da partida, levou um sufoco na etapa final, mas encaminhou a vaga com o segundo.
    Não gosto da expressão, mas foi o que se viu ontem: O Palmeiras soube sofrer.
    A parada mais indigesta ficou para o confronto Independiente versus River; ali pode vir a surpresa.
    O Grêmio precisa crescer muito do meio para frente, ainda que os números desmintam:É o melhor ou segundo melhor ataque da LA>

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  9. Glaucio
    Infelizmente, alguns grandes jornalistas estão perdendo o "gás".

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  10. Glaucio
    A escalação de Cícero e Maicon não deve ser aprovada tão facilmente,porque o parâmetro Maicon e um garoto, não foi testado.

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    1. Bom, ao menos no jogo da volta não teremos a dupla "dinâmica"

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