Opinião

Quase entre os quatro melhores da América

Do time escalado por Renato para começar, havia apenas uma discordância do que eu pensava (e escrevi). Coloquei Jean Pyerre, ele optou por Cícero. No frigir dos ovos, deu resultado, embora a falta de parâmetro, porque o menino não atuou no jogo.

Time argentino é time argentino; houve sufoco inicial, mas a defesa gremista é espetacular, basta lembrar que nesses momentos e nos 90 minutos, Marcelo Gohe fez duas defesas apenas, isso em bola parada, cobranças de faltas em que ele realizou duas defesas perfeitas, espalmando para o lado ou linha de fundo. De resto, o Tucumán foi mais transpiração.

A expulsão no lance ignorante de Nuñez, transformou o segundo tempo num "mamão com açúcar", mas esse destempero do camisa 10 do Decano tem origem na desvantagem no placar, resultado de um ataque em que brilhou um fundamento de Cícero, a imposição na bola aérea, também, o oportunismo de Alisson; este, o grande acerto do treinador, que, aliás, eu me referi anteriormente, como o décimo segundo titular. Alisson bateu de primeira, de baixo para cima, sem chances.

Na etapa final, Maicon deitou e rolou, o Tricolor controlou o jogo e chegou ao segundo gol da forma como deveria acontecer, no contra-ataque, o que chamei de "letal" na postagem anterior, Alisson recebeu bela esticada de Leonardo Gomes e "pifou" Éverton; 2 a 0.

Pepê que entrara, igualmente serviu na "caçapa" para o Cebolinha, mas ao contrário de driblar o arqueiro e entrar com bola e tudo; resolveu dar um tapa na pelota e perdeu o 3 a 0, a tampa do caixão do Atlético.

Parte do mérito gremista está no treinador que fez apostas corretas e boas trocas; a outra, na limitação do adversário. Aquela atitude associada a uma maior qualificação poderia inviabilizar o triunfo como ele se deu.

O Grêmio está inferior ao time de 2017 (como mencionou o Glaucio), porque as contratações não satisfizeram; faço a ressalva:"Até o momento". Uma perda era impossível: Repor com a mesma qualidade o jovem Arthur. O cara é "apenas" titular do Barcelona e da Seleção Brasileira, mas a situação poderia ser remediada; já Barrios, Edílson e Jaílson (do time da foto do tri) poderiam ser bem substituídos como ocorreu com Fernandinho e a efetivação de Éverton.

Assim como Marcelo Grohe e Luan personificaram a conquista da La de 2017, nesta, neste instante, a "cara" do Grêmio nesta edição é Alisson. Tomara que siga assim.

Os melhores foram Kannemann, Geromel e num plano elevadíssimo, Alisson.

Exercendo ao extremo o meu respeito pelo pensamento diversificado, democrático; só assim, eu posso "engolir" o que parte da mídia esportiva gaúcha ousou: Comparação entre Cuesta e Walter Kannemann.

Encerro, dizendo que raramente concordo 100% com a análise dos comentaristas das transmissões de tevê; hoje isso ocorreu com Zinho e PVC da Fox.

Só o Grêmio pode perder para o Grêmio, dia 02/10, dia da partida de volta.