Ler o “noticioso” esportivo,
depois da derrota colorada neste Domingo, realmente, foi um grande exercício de
aprendizado ou de confirmação de quase tudo que a gente já viveu no futebol.
Boa parcela da Imprensa
exagerou na missão de vestir a camiseta de sua empresa (não confundir com a do
Coirmão), com isso, vilipendiando a sua profissão, ignorando crises de moral ou
consciência. O que valia nesta hora era faturar em cima da notícia, nem que
fosse necessária a sua transmutação. Os fatos teriam que chegar ao torcedor
vermelho de uma forma tocante, coincidentes com o seu estado de espírito;
resumindo, faturar em cima dos acontecimentos.
Basta dar uma olhada para o
dia seguinte do Grenal e o que se verá é uma minimização dos erros de arbitragem
(pênalti em Ferreira), ausência de revisão do var na suposta penalidade máxima
de Kannemann, porque, essa parcela da mídia gaúcha ficou entre a cruz e a
espada; isto é, não poderia ser fiel aos acontecimentos ou ampliar a sua
dimensão, pois seria considerada “gremista” justamente num clássico; então, a
manchete principal direcionou-se para os 75% de chance de título do Inter e os
apenas 6% do Flamengo.
A desastrosa atuação de Luiz
Flávio de Oliveira virou pó, perdeu a importância. Não houve colunas raivosas,
nem microfones indignados.
Agora, observando o lance
violento de Rodinei em cima de Filipe Luiz, fico imaginando como seria se os
protagonistas fossem Isla sobre Moisés, isso, com o idêntico desfecho: a
expulsão do agressor (mesmo que não tivesse intenção, afinal Kannemann, também
não a teve ao ver a bola ser tocada no seu
braço recolhido); como essa parte da imprensa trataria o caso. Faria uma
segunda revolução farroupilha?
Alguns dessa parcela, chegaram
a mencionar que em situações iguais, o mesmo juiz tomou outra decisão, dando
apenas cartão amarelo. Eu digo: mérito para Rafael Klaus que deu vermelho,
certamente, ao dar amarelo em lances semelhantes, ele errou; deve ter sido
capacitado novamente, ter passado por uma reciclagem e, finalmente, acertou a
cor do cartão. Repito, mérito para ele, porque repetir o erro para ter
“coerência” é de uma burrice inominável. Klaus superou a ação equivocada do
passado e acertou em cheio. Errar é humano, permanecer com o erro é
inadmissível.
Olhem a imagem: há a bola longe, no meio, o pé esquerdo de Rodinei e a cena do "crime", o pé direito do defensor
colorado sobre o tornozelo torcido, dobrado de Filipe Luiz. Nem em foto, nem em
vídeo, nem que a vaca tussa, isso é para cartão amarelo.
O que essa parcela da imprensa
trama, arquiteta é promover esse ambiente até o final da trigésima oitava
rodada, quando, o Inter, vencendo, ela dirá que ele passou por cima de
tudo; porém, em caso do título ficar na Gávea, baixando a poeira, dirá
que venceu o melhor.
Quem viver, verá.
Exatamente, Bruxo. Mas eu diria que além do uniforme da empresa, estão finalmente usando o vermelho. Já era hora.
ResponderExcluirPerfeito. O juiz errou nos lances semelhantes. Acertou ontem e agora querem passar pano. Como sempre fizeram.
Mídia canalha, oportunista e mentirosa. Uma vergonha para aqueles que escolheram o jornalismo como profissão.
Vergonha, Rodrigo. Não tem outro sentimento.
ResponderExcluirNa verdade, Bruxo, corrigindo o comentário anterior que fiz, o Rafael errou. De novo! Pois pelas imagens ao vivo nem falta havia dado, o V.A.R. foi quem lhe chamou e fez justiça ao lance.
ExcluirPelo menos, teve bom senso e humildade. Outros morrem com o erro.
ResponderExcluirA melhor crônica desse jogo na imprensa esportiva que eu vi até agora foi essa: https://www.youtube.com/watch?v=Pf5YDpcKBPM&feature=emb_title
ResponderExcluirÉ um pouco longo. Mas pra quem ainda prestigia jornalismo de nível, vale a pena.
Vinnie
ResponderExcluirAinda não vi todo, mas a parte do Juca Kfouri é a posição de alguém que está distante da emoção. Ele é corinthiano e analisou lucidamente o lance do Rodinei, entre outras coisas.