Pequenas Histórias (267) – Ano - 1982
Los Olvidados
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Fonte: https://gremio1983.files.wordpress.com/ |
Quem me conhece há mais tempo,
sabe que Literatura, Música, Cinema, além do Futebol, sempre fizeram parte da
minha vida, então, às vezes, eu recorro a exemplos nestas áreas para justificar
os meus textos, minha compreensão sobre o que vejo no mundo da bola, como
agora, onde busco a lembrança de discos como o segundo do Secos e Molhados
(1974) ou Jesus não tem Dentes no País dos Banguelas, Titãs (1987), ambos,
menos considerados em relação aos seus antecessores, o primeiro S&M (1973)
e Cabeça Dinossauro (1986), mas de uma qualidade imensa, que julgo serem um
trabalho único, apenas divididos por fins mercadológicos. Merecem mais e maior
reconhecimento, com certeza.
Pois o Grêmio de 1982 é um desses
casos. Não era inferior ao de 1981, até teve acréscimos como Vantuir na zaga,
Batista jogando muito no meio de campo, além de um entrosamento que o tempo
emprestou-lhe. A causa do bicampeonato frustrado foi o detalhe, aliás, dois
detalhes: a lesão de Vantuir, o melhor em campo, até então, que não voltou para
a segunda etapa no primeiro confronto da decisão, (Newmar entrou mal e foi envolvido
por Zico no último lance do jogo, resultando no empate) e na partida de volta, Estádio Olímpico lotado, quando o juiz errou clamorosamente, não dando um gol
legítimo gremista, onde a bola cruzou a linha derradeira, sendo tirada de
dentro por Andrade utilizando a mão (foto acima); resultando em novo empate, desta vez, 0 a
0. A disputa chegou à “negra” e só assim, o Flamengo conquistou o campeonato
brasileiro daquele ano. O Grêmio era tão forte, que trouxe a decisão para o seu
estádio.
Há elementos inquestionáveis para afirmar ser aquele um timaço: Leão era mais goleiro do que
Mazaropi, Vantuir do que Baidek, o mesmo com Batista em relação à China ou Bonamigo.
Baltazar ou Caio/César? basta se observar os números de cada um destes
centro-avantes e a dúvida será dirimida. E Ênio Andrade ou Valdir Espinosa? Se fosse campeão da Libertadores e do Mundial, não seria nenhum absurdo.
Resumindo: o time de 1982 era
muito bom; um elo competente entre os títulos de 81 (Brasileiro) e 83
(Libertadores e Mundial). Deve ser reconhecido, nada de esquecimento ou
menosprezo.
Aliás, há um atleta importante
que poucos falam, Tonho. Ele foi titular neste Grêmio de 82; fez gols
importantes como na virada contra o Fluminense e daquele que
poderia ser o do título, diante do Flamengo. Também, Tonho foi titular em boa
parte da campanha da primeira Libertadores ganha e esteve no banco de reservas
em Tóquio, em Dezembro de 83.
Seleciono aqui, uma partida em
que ele fez os dois gols da vitória gremista sobre o Cruzeiro, primeiro triunfo
oficial do Tricolor no Estádio Mineirão.
Ênio Andrade mandou a campo a
formação habitual, porém sem seus melhores quatro titulares; o goleiro Émerson Leão, Paulo Isidoro, Tarciso e
Batista: Remi (depois Beto); Paulo
Roberto, Newmar, De Leon e Paulo Cesar (mais tarde, Casemiro); China, Bonamigo
e Tonho; Renato, Baltazar e Odair.
Yustrich escalou o Cruzeiro com:
Gomes; Chiquito, Zezinho Figueroa, Osires e Celso Roberto; Geraldo, Mauro e
Eduardo; Bendelack (Luis Carlos), Edmar e Edu.
O Tricolor optou por jogar no contra ataque, para isso, contou com a grande partida que fez o menino de 19 anos, Renato. Assim, logo aos 15 minutos, o Grêmio saltou na frente, quando Bonamigo fez cruzamento, Gomes falhou bisonhamente e Tonho empurrou a bola para o arco cruzeirense, 1 a 0 que se manteve até o final desta etapa.
No segundo tempo, aos 6, Renato arranca pela direita, chega ao fundo e atrasa para a entrada da grande área, Tonho chega batendo; resultado: 2 a 0.
O Cruzeiro vai assustar apenas aos 38 minutos, quando Edmar fez ótima jogada, centra para a cabeça de Mauro, que deu números derradeiros ao confronto. 2 a 1.
Dos treze atletas utilizados por Ênio Andrade neste jogo, nove estariam na delegação ao Japão no ano seguinte.
Fonte:
Arquivo pessoal do amigo Alvirubro a quem deixo um abraço de solidariedade
Bruxo, uma pena que existam poucas imagens de boa qualidade destes jogos. Gostaria de ver mais deste time. Esse jogo do Olímpico tem no YouTube. O Renato deu um valor no Júnior aquela tarde.
ResponderExcluirO centroavante Edmar depois jogou no Grêmio, sem grande sucesso. Era bom jogador, atuou inclusive na Itália e na Seleção Brasileira. Não tenho certeza, mas acho que estava no grupo da Copa de 86.
Vinnie
ResponderExcluirPara a terceira partida, o Grêmio perdeu 3 titulares, Vantuir, Bonamigo e Tarciso. Na verdade, Vantuir já não jogou a segunda. Bruxo
Bruxo, o Vantuir foi titular do Grêmio nesses quatro anos em que atuou no tricolor? (78-92)
ExcluirSei que ele foi trazido pelo Telê, tendo sido inclusive jogador de confiança do mestre desde o título do Galo de 71.
xxxxx
No primeiro post quiz dizer que o Renato deu um "calor" no Leovegildo. Foi pra cima dele a tarde toda. Personalidade de um junior atuando contra o lateral titular da Seleção na mais recente Copa do Mundo.
Vinnie
ResponderExcluirSalvo algum período de lesões, ele fez dupla com Ancheta, Vicente e De Leon, neste período.
Anos mais tarde, ele foi auxiliar técnico de Telê.
Renato entrou numa "fria", encarar a terceira partida e realmente, o Júnior (que já era o grande lateral) levou um sufoco do guri.
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