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domingo, 5 de fevereiro de 2023

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (280) - Ano - 1973


724 - 226 

Fonte: Jornal Correio do Povo

...Números, números, números
O que é, o que são
O que dizem sobre você...

Começo esta crônica com versos da banda Papas da Língua, porque eles refletem o susto com esta realidade recente da minha vida; de repente, fala-se na morte do Erasmo, do David Crosby, do Pelé, dos cinquenta anos do lançamento do Dark Side of the Moon, do Pink Floyd, Aladdin Sane, do David Bowie, de Mind Games, John Lennon, do primeiro Secos & Molhados... e eu fui testemunha do lançamento destas obras-primas e do acompanhamento das carreiras fantásticas dos que nos deixaram. Aí, concluo: a vida passa num "tapa".

Pois entre 29 de Janeiro e 05 de Fevereiro de 73, há exatos 50 anos, um jogador estreava no Tricolor e também, assinalava o seu primeiro gol para cravar seu nome na história do clube: José Tarciso de Souza, um mineiro que virou gaúcho com a bênção dos sul riograndenses.

O que dizem os números deste luminoso camisa 7 gremista? Ele simplesmente é o atleta que mais vestiu o manto sagrado Tricolor, 724 vezes e é o segundo maior artilheiro do clube; balançou as redes em 226 ocasiões. Não é pouca coisa.

Tudo começou numa Segunda-feira, a última do Janeiro de 73, ironicamente, a sua trajetória vitoriosa começou com uma derrota para o Peñarol que tinha o "guarda-metas" Walter Corbo (outro futuro herói gremista), Ruben Romeo Corbo, irmão dele, Matosas, companheiro de zaga de Ancheta na Copa de 70, Acosta, Lamas (jogou no Coirmão) e um avante promissor que entrou, faltando 15 minutos para o prélio acabar: Fernando Morena.

 O Tricolor estava reformulando o elenco. A partida ficou no 0 a 1, com o ponta esquerda Corbo, marcando na "finaleira" da partida, aos 41, quando Gonzalez desarmou Paulo Sérgio, lançou o atacante que finalizou na saída de Picasso.

Sete dias passados, Segunda-feira, 05 de Fevereiro portanto, o Tricolor foi a Curitiba encarar o Atlético Paranaense pela mesma Copa Atlântico Sul (Nacional e Peñarol; Boca Juniors, Atlético Paranaense, Grêmio e Avaí), conseguindo a sua primeira vitória no torneio, um 3 a 1 no estádio do Coritiba, antes chamado de Belfort Duarte, atual Couto Pereira.

Milton Kuelle usou: Picasso; Espinosa, Beto Bacamarte (Beto Fuscão), Renato Cogo e Jorge Tabajara; Carlos Alberto e Paulo Sérgio; Carlinhos, Oberti, Tarciso (Mazinho) e Bolívar.

O técnico Francisco Sarno utilizou: Altevir; Vanderlei, Di, Almeida e Júlio; Valtinho e Sérgio Lopes, Buião, Liminha, Babá e Renatinho. Ainda entraram os atacantes Nilton e Sicupira.

Aos 29 minutos, Di, ex-Grêmio (na foto com Tarciso) fez falta em Alfredo Oberti; o argentino bateu rápido para Tarciso que entrou na área e fuzilou o arqueiro Altevir. Gol! o primeiro dele, dos 226.

Aos 39 minutos, Renatinho bateu penalidade máxima e empatou. 1 a 1, mas aos 44, Carlinhos cruzou da direita e o volante Carlos Alberto marcou de cabeça. Fim da etapa inicial. 2 a 1.

Com grande atuação do goleiro Picasso, o Tricolor foi sustentado a vantagem. Quando parecia iminente o empate, Mazinho se aproveitou de um vacilo geral da defesa rubro-negra e aos 32 minutos deu números definitivos ao encontro. 3 a 1.

Eu, que acompanhei o jogo pelas ondas do rádio; aquele atacante veloz, que vi no América do Rio de Janeiro, junto com Tadeu (Ricci), vide O Pavio do Destino; um dos meus "atletas" no jogo de botão, sequer pensei que se tornaria o segundo maior artilheiro da história do meu clube. 

50 anos, esta noite!

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro

             Arquivo Histórico de Santa Maria 

             Correio do Povo

             https://gremiopedia.com/








2 comentários:

  1. Anotado, Vinnie.

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  2. Entre 1978 e 1980 participou de oito jogos pela Seleção Brasileira, sete amistosos e um pela Copa América, com Claudio Coutinho e Telê Santana de técnicos.
    Tarciso era jogador das três posições de ataque. Rendia o esperado de um atacante.
    Mereceu cada conquista.

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