Opinião

Ser e Acontecer 

Determinados jogadores gremistas (e de outras equipes) podem, erradamente, ser rotulados "menos" do que pareciam, quando atuavam no Brasil na comparação com a performance no exterior, em especial, na Europa.

Não estou entre os que pensam assim, porque são várias variáveis, com diria a Engenheiros do Hawaii: a época em que foram para o país, as tensões sociais, a instabilidade do clube de destino, a falta de profissionalismo, até a antipatia do técnico por brasileiros como ocorreu com Diego Souza no Benfica, o que o trouxe para o Imortal na sua primeira passagem.

Há exemplos bem sucedidos de craques como Zé Roberto (+ de 10 anos no futebol alemão), Dida (12 anos no Milan), Paulo César Tinga ( quase 8 temporadas no Borussia Dortmund) e Filipe Luiz (cerca de 12 temporadas no Atlético de Madrid), mas outros excelentes, todos ídolos nos seus clubes, naufragaram fragorosamente, casos de Renato Gaúcho na Roma, Roberto Dinamite no Barcelona e Sócrates na Fiorentina.

Se Maradona interrompesse sua passagem pelo Velho Continente, logo após atuar no Barcelona, haveria dúvidas sobre o seu futebol, porém, após ir para o Napoli, ele virou mito na Itália.

Então, quando vejo que certos jogadores gremistas (e outros) retornaram ao país num curto espaço de tempo na Europa, eu não tenho como avaliar, se "não são tudo o que se dizia deles", porque é uma gama de fatores, que vai da personalidade, passando pela condição social de origem, o entendimento do que é profissionalismo, além dos que se podem ser chamados de extrínsecos.