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segunda-feira, 23 de julho de 2018

Opinião



O Castigo de uma Derrota improvável


Reveses como esse de ontem, sempre deixam apreensões, revoltas na massa torcedora, várias dúvidas e eventuais conclusões. Natural, afinal é futebol com seu componente vital; a paixão.

A partida contra o Vasco da Gama era para ser a da confirmação que o time poderia prescindir de alguns titulares e apesar disso, buscar o triunfo e a consequente perseguição aos líderes. Não deu. Não deu por várias causas que produziram impactos e teorias sobre o momento gremista.

Embora eu não tenha subsídios que me façam recolher a mesma impressão que outros colegas do blog; aqueles que possuem mais e melhores informações sobre os bastidores do Imortal, ainda assim, arrisco levantar, concordar ou questionar determinadas conclusões que já rolam pelas redes sociais e a “mídia profissional”. Vamos a elas:

- O Grêmio deixou de lado o Brasileirão; bom, só se foi de quarta-feira para cá, porque bateu com autoridade o Atlético Mineiro. E se ganhar do São Paulo, o mais ajeitado dos times atuais, qual será a conclusão? Ligou o pisca alerta (no sentido de estar interessado, não estar, estar, não estar...)

- Se isso efetivamente estiver proposto, alguns jogadores (Grohe, Geromel, Bressan, Ramiro) não foram avisados ou estão furando o planejado, isto é, “largar o Brasileiro”, porque seguem se empregando para valer em campo

- Se o Tricolor largou o Brasileiro, então a introdução paulatina de jovens da base é imperiosa. Manter a maioria dos titulares e ir colocando os guris, já que não quer o certame, que sirva para firmar novos talentos sem o peso da competição. Não haverá cobranças exageradas por resultados

- Concordo com Renato, quando disse que três ou quatro estavam dormindo no início da partida em São Januário, eles devem ser cobrados e se as causas não estiverem apenas naquele fato específico, que se apurem (se já não sabem os dirigentes) os demais fatores que levam certos atletas a atuar abaixo de suas possibilidades e, lógico; providências imediatas, senão o grupo fica dividido, logo, logo

- O Grêmio não perdeu apenas por isso, o adormecimento de uma parcela do time, mas porque Renato errou ao apostar em Douglas, este que está visivelmente em outro compasso em sua preparação física ou ritmo de jogo.  Além do mais, o treinador foi incapaz de mudar a forma como o time buscou o gol, ou seja, sempre de uma maneira previsível, que até o limitado comentarista gaúcho “acoplado” na transmissão “global”, percebeu. Empilhar atacantes, mais uma vez confirmou que o êxito do ataque não está ligado ao número de  avantes utilizado

- O Tricolor perdeu pela deficiência criativa de seu meio de campo, cujo ingresso de Douglas, pouco ou nada acrescentou no municiamento do setor ofensivo. Nem sei se Thaciano ou Thonny Anderson seriam a solução. Também pelo distanciamento de Luan da área adversária e a ausência de bons cruzamentos do fundo do campo, aqueles que pegam os zagueiros “torcidos” e os atacantes de frente para o arco do oponente

- Outro fator imponderável, a sorte; ela determinou a forma tática dos dois times, porque o gol saiu cedo e de uma forma completamente acidental. Foi uma questão de física, a bola chutada quase ao mesmo tempo por Geromel e Rios tomou uma trajetória inusitada, indo em direção ao gol gremista, subindo apenas o suficiente para encobrir o arqueiro e entrar no único lugar fora do alcance dele. Ali, quem devia ser o propositor do jogo ficou com o contra-ataque. Sorte, pura sorte

Derrotas ocorridas dessa forma não castigam o time apenas na posição na tabela; pior! Acendem ou reacendem suposições que emergem circunstancialmente num clube de massa acostumado a disputar títulos. Resta saber o que é real, o que é ficção.

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