Sem Retorno: A derrota escancara o naufrágio
Assisti somente os primeiros 30 minutos do primeiro tempo; minha filha completou 18 anos hoje (03/09) e, lógico, toda a atenção nesta noite foi para ela, especialmente pelo isolamento que vivemos.
Recém vi os melhores momentos, vide Fiasco. Ora! Não é preciso ver esse jogo para se concluir que o desastre está aí e em tempos de "cavalos paraguaios", a nossa esperança cresce como a cola deles, isto é, para baixo. Perder para o lanterna em casa é a cereja do bolo azedo que nos foi mostrado em 6 partidas, ou seja, 1 única vitória na estreia, o magro 1 a 0. Estamos a um passo do inferno do rebaixamento. Só de vermos como foi a partida do tri campeonato, dá para vaticinar sem medo de errar: o Grêmio vai à pique, naufragou, está sem o almirante ou o comandante do barco e, incrível! vira candidato ao rebaixamento.
Para o bem de todos e felicidade geral da Nação Tricolor, Romildo deve chegar a um consenso com Renato; ambos concluírem pela saída honrosa; a demissão do treinador.
Ficará a boa lembrança dos 6, 7 títulos e a possibilidade lá na frente de um retorno com os ânimos serenados.
Há indícios dentro de campo e fora dele que a situação chegou ao limite:
a) quando o extra-classe vira reserva
b) quando os históricos zagueiros e boas promessas vacilam
c) quando as contratações (e sugestões delas) são decididas apenas pelo treinador e elas são péssimas
d) quando a insistência em ex-jogadores atingem o seu maior grau de desrespeito com o clube e sua torcida como aconteceu hoje (Thiago Neves)
Renato teve 9 meses (a pandemia lhe deu salvo-conduto) para se "reinventar"; ignorou e ignora por completo os ventos da renovação, do moderno, da competitividade que vieram com Jorge Jesus, Jorge Sampaoli e mais recentemente, com Eduardo Coudet. Não foi inteligente ou humilde o suficiente para identificar, capturar os sinais destes sopros, nem de retirar ensinamentos de títulos magérrimos que aparentemente, engordam o seu currículo e discurso; então, o mais elegante gesto que pode dar é pegar o boné e rumar para o Rio de Janeiro.
Romildo Bolzan tem habilidade suficiente para administrar esta turbulência, entretanto, desconfio que não possua o arrojo exigido para dar o bilhete azul para o técnico; também, não ser corajoso para determinar as linhas a serem seguidas na formação do elenco, livrando o clube de pesos mortos e ao mesmo tempo, exigir do novo treinador o aproveitamento massivo, intenso e contínuo dos atletas da base.
Não há mais tempo a perder.
Ótimo, Bruxo! Aliás, fizeste bem em comemorar o que realmente importa comemorar na vida da gente. A família.
ResponderExcluirOntem eu larguei uns desaforos no meu blog. Não aguento mais! Também fiz menção a um barco, em frente a um iceberg. O Grêmio é este barco cujo leme não vai virar o suficiente se as coisas continuarem assim.
Será o Titanic dos pampas. E nunca é tarde lembrar que diziam que o Titanic jamais afundaria.
A coletiva do Renato..."creendiospai". Difícil dizer o que foi pior.
Também falei sobre o boné. Ele arrumou um para se esconder dos fotógrafos. Saiu de fininho. Rápido e rasteiro. Está mais do que na hora dele entrar o gorrinho.
Que vá pedir uma nova estátua nas areias do Leblon.
O Grêmio de ontem me lembrou do conto da cigarra e da formiga. Me lembrou um sujeito farto, sem fome. Um urso polar em hibernação. Até parece que de certa forma escrevemos em conjunto nossas opiniões. De forma diferente é claro, mas com muito em comum. Gostei. O sentimento de todos, nesta sexta-feira está amargo como a cereja deste bolo tricolor.
Bruxo, que o bolo da festa da sua filha tenha sido infinitamente melhor do que este que o Grêmio nos serviu. Dizem que, o bolo de um dia depois fica melhor ainda. Uma pena que não é o nosso caso. Mas tu ainda podes aproveitar o que restou da festa para adoçar a sexta-feira.
Um abraço!
Pior, Rodrigo, que não posso comer doce hehehe, embora seja magro, o índice de açúcar sempre está um pouco acima do que deve.
ExcluirTenho feito criticas ao Renato por conta da insistência com Thiago Neves e pela apatia da equipe, porém muita calma nessa hora.
ResponderExcluirPrimeiro, se sair o Renato quem viria para seu lugar? Roger que fracassou em todos (TODOS) os clubes por onde passou? Abel, Roth? Um novato da base daria conta desse grupo?
Ontem ao meu ver surgiram boas possibilidades, basta o Renato ter a coragem de mudar, Jean Piere de segundo volante fazendo a do Maicon pode dar muito certo, Éverton na lateral esquerda enquanto Guilherme Guedes não se recupera tbm me pareceu uma boa, Robinho na do Alisson ou na meia pode dar boa resposta e Isaque se mexendo como falso 9.
O fato é que alguns jogadores precisam dar um tempo, Vanderlei parece um morto no gol, Cortez é o Cortez, Alison parece sempre cansado e até o Diego Souza parece que se acomodou com os gols no gauchão.
O negócio agora é fazer uma campanha regular no Brasileirão (pra variar) e tentar beliscar uma das copas.
Obs. O Grêmio tem chance de jogar a Sulamericana?
Carlos
ExcluirConcordo contigo quando pedem Roger, mas será que não lembram das goleadas do Coritiba e Ponte Preta? Das campanhas pífias pós-Grêmio?
Concluindo; esperei por essa "guinada" do Renato, mas ela não veio. Elenco tem para brigar por tudo; falta só um novo avante.
ExcluirÉ Bruxo, a coisa tá ficando feia. Também não pude assistir, ainda bem. E diz que a coletiva pós jogo foi mais lamentável que a atuação...
ResponderExcluirO Romildo se mostrou um senhor presidente na parte administrativa mas no depto futebol sempre faltou alguém pra pautar o vestiário, com presença ali. Deram carta branca pro Renato e não conseguiram segurar o "monstro". E faltou brio pra dizer não e rever as decisões quanto ao elenco. Agora temos um time em crise, com um treinador "intocável", um vestiário cheio de boleiro veterano, vivendo uma temporada atípica de pandemia e no meio duma crise nacional de treinadores.
Se Renato for embora quem vai segurar esse vestiário paneleiro com Maicon, Thiago Neves, Diego Souza? Vai ser uma fritadeira de treinadores. E se for mandar esses caras embora junto vão gastar uma grana alta em rescisões.
Lipatin
ResponderExcluirRespaldo!! É botar um treinador novo e segurar os boleiros veteranos. O time da transição está aí. Pode ser um time de "transição para a aposentadoria", porque não?
Que baita crônica, Bruxo. O teu diagnóstico do comportamento do Portaluppi é irreparável. E pensar que nenhum cronista profissional do RS chegou perto de fazer uma crítica tão lúcida, profunda e elegante. Parabéns. Felicidades a tua menina também.
ResponderExcluirAbraço.
Vinnie
ResponderExcluirVindo de você,de sua sensibilidade, as palavras tem um peso maior; gratidão.